Terapia para LGBTQIAP+

Embora a orientação sexual ou a identidade de gênero de uma pessoa possa - felizmente! - não ser uma fonte de angústia, as pessoas que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queers, assexuados ou qualquer outra orientação ou identidade de gênero podem achar, descobrir, identificar que o estigma social de viver como minoria é uma fonte de estresse ou ansiedade. 

Pessoas LGBTQIAP+ são mais propensas a sofrerem discriminação (por exemplo: alguém que é aberto sobre ser transgênero e teve uma oportunidade de emprego recusada), abuso (verbal ou físico), exclusão e preconceito do que a população em geral. A discriminação contra pessoas LGBTQIA+ também pode ser mais sutil (por exemplo: usar a palavra "gay" como um termo depreciativo), mas não menos prejudicial, e reforça estereótipos negativos e sentimentos de diferença.   

Estes preconceitos e violências, a possível falta de aceitação social e familiar, a não identificação com o gênero atribuído ao nascer e dificuldades de empreender a transição de gênero perante si mesmo e a sociedade podem ser listados como alguns dos fatores desencadeantes do que tem sido chamado estresse de minorias, expressão em voga quando discutimos a saúde mental da população LGBTIQAP+. Esse estresse seriam os resultados/efeitos, em uma pessoa pertencente a minorias, de uma vida convivendo com esses sofrimentos diários decorrentes de opressões sociais. E seria uma explicação possível para o maior sofrimento psíquico relatado por essa população - traduzido numa maior prevalência de diagnósticos de sintomas mentais, como depressão, transtornos de ansiedade, abuso de substâncias, tentativas de autoextermínio, etc.

E a situação fica ainda mais complicada quando pensamos que não só esse grupo tem riscos maiores de desenvolver sofrimento mental, como também tem menos acesso a dispositivos de saúde que poderiam ajudar com esse sofrimento. A falta de preparo dos profissionais da saúde, o medo da pessoa LGBTQIAP+ em ser discriminada, não ser compreendida, não ter seu gênero respeitado, as oportunidades restritas (principalmente em relação às população trans) - tudo isso acaba por contribuir com esse ciclo.

Ao buscar terapia/análise comigo, psicológue que se identifica como LGBTIQAP+ e com uma escuta especializada para essa população, a ideia é a de que encontrarão um espaço seguro - e terreno fértil - para trabalharmos suas demandas.